05 novembro 2012

Crónicas de uma gravidez (das 16 às 23 semanas)


A última vez que aqui escrevi estava com 16 semanas de gravidez. Tudo corria pelo melhor e eu estava longe de imaginar nas voltas que esta gravidez ainda havia de dar.
Pouco depois do último post recebemos o resultado do rastreio integrado. A probabilidade do nosso bébé ter trissomia 21 era inferior a 1 para 1 milhão. Melhor resultado era impossível e seguimos em frente esta jornada com a certeza que tudo corria pelo melhor.
O resultado do rastreio dos defeitos do tubo neural é que me deixou um pouco preocupada. O valor era de 1:200 mas o meu médico tranquilizou-me e disse que se houvesse algum problema seria perfeitamente vísivel nas ecografias pelo que achava que estava tudo bem mas que na eco das 20 semanas teriamos a certeza.
Comecei a sentir o Miguel muito cedo. Eu diria que a partir das 11 semanas comecei a sentir borbuletas mas foi por volta das 16 que ele se começou a fazer sentir com mais vigor. Contudo, nunca foi muito violento nos movimentos. Mexia-se muito mas sem ser frenético. Notei alguma diferença em relação à Mafalda que parecia estar sempre aos saltos na minha barriga. O Miguel parecia ter movimentos mais tranquilos.
Entretanto, chegámos a meio do caminho comigo a sentir-me bastante pesada e cansada apesar de não ter engordado muito (4 ou 5kg por esta altura).
Às 22 semanas fiz a ecografia morfológica que mostrou estar tudo bem com todos os órgãos do nosso bébé. Como referi à médica os meus receios em relação aos defeitos do tubo neural, ela foi ainda mais minuciosa o que nos deu a certeza de estar tudo bem.
O único ponto negativo da ecografia foi terem sido detectadas incisuras bilaterias nas artérias uterinas o que poderia significar que iria sofrer de hipertensão lá mais para o final da gravidez e o que poderia ter impacto no crescimento do bébé que poderia tornar-se mais lento.
Como já na gravidez da Mafalda tive tensão alta nos últimos 15 dias e ela começou a crescer pouco no último mês, não fiquei muito preocupada pois achei que iriamos passar por um cenário semelhante que não seria motivo de grande preocupação.
Na consulta seguinte, o meu médico confirmou que era pouco provável ter maiores complicações com a tensão do que tive na gravidez anteiror.

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