13 abril 2007

Breve resumo dos últimos dias

Quando divulgámos a nossa gravidez ao mundo não pensávamos que dentro de tão pouco tempo iriamos passar bom um verdadeiro terramoto emocional.
E agora tenho pena de não ter escritos posts antes pois gostava que percebessem como nos sentiamos felizes na altura.
Como já todos devem saber, na semana anterior à Páscoa, fomos fazer a primeira ecografia e fomos alertados para o facto de se poder tratar de uma gravidez anembrionária pois o embrião não era vísivel. O radiologista alertou, a obstetra confirmou. Restava vir para casa esperar que a natureza terminasse o nosso sonho.
(Primeiro esclarecimento: Uma gravidez anembrionária não tem nada a ver com gravidez psicológica como algumas pessoas chegaram a pensar. Numa gravidez psicológica, a mulher tem todos os sintomas mas na realidade nada aconteceu. Numa gravidez anembrionária, ocorre fecundação,implantação no utero, formação do saco embrionário mas por algum motivo, as células que irião formar o embrião não cumprem a sua função e este não se forma. Este problema ocorre em 25% das primeiras gravidezes).
O primeiro impacto foi díficil mas depois aceitámos que é uma situação normal e que mais valia um desgosto agora do que mais tarde. Estávamos preparados para ir para a maternidade a qualquer momento por o aborto ter começado mas isso não chegou a acontecer.
Uma semana depois, nova eco et voilá. Embrião, com batimentos cardíacos e tamanho consistente com 7 semanas.
É óbvio que já não conseguimos estar com a mesma ingenuidade e a preocupação é agora uma constante. Só às 12semanas respiraremos com mais alívio.
Entretanto, tivemos também um precalço com a médica que nos estava a acompanhar mas aquilo que parecia ser um problema acabou por se transformar numa situação muito melhor.
Portanto, estamos conscientes dos perigos que ainda existem (e vão existir a vida toda que isto de ter um filho não é o mesmo que brincar às bonecas) e aprendemos muito e crescemos com toda esta situação.
Aprendemos que ecografias precocemente nunca mais. Aprendemos que a decisão de contar a todos às 5 semanas foi a melhor que podíamos ter tomado principalmente se alguma coisa correr mal. Aprendemos que não queremos saber pormenores das ecografias: tamanho, batimentos cardíacos e outros que tais só servem para criar ansiedade. Basta-nos saber se há motivos de preocupação ou se está tudo bem. Não somos todos iguais e padronizar-nos exageradamente pode ter o efeito contrário ao desejado.


Agora, aguardamos serenos pela próxima etapa.
Assim que for havendo novidades e tivermos disponibilidade, aqui estaremos para que todos possam ir acompanhando o grande momento da nossa vida!

1 comentário:

Anónimo disse...

Vai tudo correr bem, vais ver! Força, amigos!
Beijinhos